12.8 C
fpolis
domingo, maio 19, 2024
Cinesystem

Professores farão assembleia geral nesta terça-feira para decidir futuro da greve

spot_img

Professores farão assembleia geral nesta terça-feira para decidir futuro da greve

spot_imgspot_img

Os professores estaduais farão uma assembleia geral neste terça-feira, 8, às 14h, no CentroSul, Centro de Florianópolis, para decidir se continuam com a greve iniciada no dia 23 de abril. A informação é da coordenação da regional Florianópolis do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC).

Na quinta-feira, 3, os professores paralisados realizaram dois grandes atos no Estado: em Chapecó e na Capital. Em Florianópolis, durante a tarde, eles foram até o Centro Administrativo do Governo do Estado, na SC-401, e, segundo eles, foram recebidos com portas fechadas e policiais. Por conta disso, protestaram fechando a rodovia.

O objetivo da visita era protocolar um documento que pedia ao governador Raimundo Colombo e ao secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, a retomada das negociações. Desde o início da greve, o governo deixou claro que ninguém iria negociar enquanto houvesse greve.

A coordenação regional do Sinte afirmou ainda que lamentou ter de fazer protesto e pressão para poder protocolar o documento. Pediu desculpas à população de Florianópolis pelo transtorno no trânsito na SC-401 em horário de pico, mas que muitos motoristas teriam ou se juntado ao protesto ou apoiado com palavras de incentivo.

Cerca de 40% dos professores da região da Grande Florianópolis teriam aderido à greve, segundo o Sinte.

Outro lado

Elza Moretto, secretária adjunta da Secretaria de Estado da Educação, declarou à rádio CBN/Diário, também na manhã desta sexta-feira, 4, que a adesão à greve é baixíssima no Estado e que o governo espera bom senso do Sinte e que a paralisação seja encerrada.

Segundo ela, Criciúma e a Grande Florianópolis são as regiões em que a greve ganhou maior adesão. Nas regiões de 12 Secretarias de Desenvolvimento Regional, não há nenhum professor paralisado, disse Elza. Na Serra Catarinense, a adesão foi de 10 professores.

Para Elza, que foi secretaria de Educação nos dois mandatos de Raimundo Colombo em Lages, quando o hoje governador administrou a cidade, a “luta é justa e necessária, mas não dá para fazer greve todo ano”. Segundo ela, o Sinte abandonou a mesa de negociações e deve rever sua posição.

Proposta do governo, rejeitada pela categoria

No dia 16 de abril, Deschamps apresentou o que o governo chamou de projeto de Revitalização da Carreira do Magistério aos diretores do Sinte, com ganhos salariais da categoria. O impacto na folha de pagamento seria de R$ 600 milhões.

Atualmente, um professor em início de carreira com nível superior ganha apenas 3% mais do que um com magistério. A proposta é que essa diferença suba para 30%; 50% para especialização; 65% para Mestrado e 75% para Doutorado.

Os salários de professores com magistério/segundo grau passariam de R$ 609,46 para R$ 1.450,87; com nível superior, de R$ 993,16 para R$ 1.886,13; e com Especialização, de R$ 1.267,81 para R$ 2.176,31.

O objetivo é recuperar em patamares condizentes com a nova realidade, a defasagem imposta pela Lei do Piso Nacional (Lei Federal n° 11.738) sobre os vencimentos dos níveis de formação superior, especialização, mestrado e doutorado em relação ao nível do magistério. O prazo para implementação da proposta começa em agosto de 2012, e segue em janeiro, maio, setembro e dezembro de 2013.

Na proposta constam ainda as seguintes ofertas: a nova tabela será aplicada por meio de ajustes em agosto de 2012, janeiro, maio, setembro e dezembro de 2013; será feito um concurso para quadro efetivo no segundo semestre de 2012; haverá aumento do vale-alimentação em 100%; será criada uma nova política salarial do Governo com estabelecimento de data-base; e será estabelecido o diálogo permanente entre o Governo e a categoria.

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Leia mais

spot_img