Presidente da Associação Nacional de Jornais, Judith Brito (Foto: Fernando Willadino)
Com a ascensão da classe média no Brasil, há muito espaço para o jornal no formato tradicional, mas as empresas precisam se preocupar com a transição para as novas tecnologias para garantir um modelo de negócio sustentável no longo prazo. A avaliação é da presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito, que participou do lançamento do Prêmio Sistema FIESC de Jornalismo, realizado nesta quarta-feira (13), em Florianópolis.
Hoje, a venda de jornais em papel no Brasil está em crescimento. O país tem a oitava maior circulação do mundo – são 600 jornais diários e cerca de oito milhões de exemplares. Na internet, apesar de ainda predominar a oferta de conteúdo grátis, a tendência mundial é que isso mude. Jornais reconhecidos internacionalmente como o The New York Times têm aderido a essa tendência e obtido êxito, disse Judith. “É importante a valorização do conteúdo de qualidade, que, para ser produzido, custa caro. Nada mais justo que prevaleça o modelo tradicional, ou seja, o pagamento pelo conteúdo”, afirmou.
No encontro foi lançada a edição 2011 do Prêmio Sistema FIESC de Jornalismo. O presidente da Federação, Alcantaro Corrêa, afirmou que “o prêmio é um reconhecimento justo aos profissionais da comunicação, que são o esteio da democracia do país”. Ele destacou a importância do papel da imprensa e citou as denúncias envolvendo o Ministério do Transportes como um exemplo de contribuição dos veículos de comunicação para a sociedade. Corrêa, que foi homenageado pela Associação Catarinense de Imprensa (ACI), também destacou o Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do qual a FIESC é signatária. Mostrando o Código de Conduta do Sistema FIESC, chamou atenção para a importância de cada vez mais empresas e organizações aderirem a esse movimento. “Temos que começar esse movimento, que precisa ganhar força, chegar às escolas, para que possamos mudar a realidade do país”, disse.
O Prêmio Sistema FIESC de Jornalismo, que já está com as inscrições abertas, irá reconhecer os trabalhos de profissionais e estudantes na pesquisa, divulgação de dados e reportagens que enfoquem a indústria catarinense, em três categorias: Mídia Impressa – para trabalhos publicados em jornais ou revistas; Mídia Eletrônica – para reportagens ou séries veiculadas em televisão ou rádio; e Destaque Acadêmico – para reportagens transmitidas em emissoras universitárias de TV ou rádio, publicadas em revistas ou jornais ligados à universidade, apresentadas como Trabalho de Conclusão ou produzidas para disciplinas do curso.
Os vencedores nas categorias Mídia Impressa e Mídia Eletrônica receberão prêmio de R$ 8 mil cada. O vencedor na Destaque Acadêmico receberá um tablet iPad 3G.
Nas categorias Mídia Impressa e Mídia Eletrônica podem concorrer trabalhos realizados por jornalistas profissionais veiculados em língua portuguesa, no período de 16 de outubro de 2010 a 14 de outubro de 2011, quando se encerram as inscrições. As reportagens devem enfocar a economia industrial catarinense ou subtemas relacionados.
Para a categoria Destaque Acadêmico, as reportagens terão que ser produzidas por alunos de graduação em jornalismo, matriculados em cursos reconhecidos pelo MEC. As instruções são de acordo com a mídia do trabalho, seguindo as regras das demais categorias. Além disso, devem conter declaração do curso, atestando a matrícula do aluno à época da produção e que o trabalho foi feito no âmbito da referida graduação.
A organização do prêmio chama a atenção para uma leitura atenta ao regulamento disponível no endereço www.fiescnet.com.br/premio. Nele, estão relacionados os critérios que serão observados pela comissão julgadora.
A ficha de inscrição deve ser preenchida pela internet no endereço www.fiescnet.com.br/premio e os trabalhos devem ser enviados pelo correio ou entregues na Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC.
