A segunda etapa da pesquisa sobre o movimento de bares e restaurantes do litoral catarinense durante o verão, feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) de Santa Catarina, revela que 42% dos empresários entrevistados consideraram o movimento nos estabelecimentos superior à temporada passada. A única discrepância foi no litoral Norte, onde 40% dos entrevistados consideraram o movimento mais fraco.
Em 2011, 50% consideraram a temporada ruim e, em 2010, 42% acharam pior do que o verão anterior. O período avaliado é de 18 de dezembro de 2011 a 26 de fevereiro de 2012, englobando o Carnaval.
Um dos pontos destacados pelos empresários foi a data do Carnaval. Enquanto em 2011 o feriado foi no começo de março – prejudicando o movimento no mês de fevereiro – este ano, a festa, no final de fevereiro, alavancou o fluxo turístico.
Estrangeiros
Além da melhora no movimento, os empresários perceberam um aumento no número de turistas estrangeiros vindos dos Estados Unidos e da Europa. Quanto aos argentinos, que continuam sendo a maioria dos visitantes gringos, os entrevistados não perceberam mudança no fluxo.
Em Florianópolis, essa percepção foi maior, com 45% dos entrevistados afirmando que americanos e europeus eram a maioria, enquanto o litoral Sul teve o menor número, em que apenas 25% dos participantes observaram mais estrangeiros.
Dificuldades
Entre as dificuldades apontadas pelo setor, destaque para o mesmo item das edições anteriores da pesquisa: a falta de mão de obra. Em todo o Estado, 31% dos empresários que responderam à pesquisa afirmaram que não conseguiram formar equipe. E dos que conseguiram, 40% não ficou satisfeito com o desempenho dos colaboradores.
Na Capital, onde a oferta de mão de obra é maior, o resultado foi ainda mais desanimador. No total, 37% dos participantes não fecharam o quadro de funcionários e, dos que o fizeram, 47,5% não aprovaram o desempenho da equipe.
Outra grande reclamação foi a má qualidade do saneamento básico e das estradas e rodovias. Do total de entrevistados, 61% consideraram que estes dois pontos da infraestrutura precisam de melhorias para a próxima temporada, enquanto que o fornecimento de água e luz, grandes pontos de reclamações anteriores, não afetou nesta temporada. Para João Simone, proprietário da Pizzaria Basílico, o cheiro de esgoto é o ponto mais crítico.
Para o restante do ano, a expectativa de 60% dos entrevistados é que o movimento seja melhor que em 2011.