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Camerata Florianópolis em nova apresentação no Teatro Pedro Ivo

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Camerata Florianópolis em nova apresentação no Teatro Pedro Ivo

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Camerata apresenta Tchaikowsky, Saint-Saëns e R. Strauss

Programa: Souvenir de Florence de Piotr Ilich Tchaikowsky, Concertino para Clarineta Fagote e Cordas de Richard Strauss e Havanaise de Camile Saint-Saëns

A Camerata Florianópolis, regida pelo maestro Jeferson Della Rocca, realizará no próximo dia 11 de maio mais um concerto de sua Temporada 2011, apresentando importantes obras dos compositores Piotr Ilch Tchaikowsky, Richard Strauss e Camile Saint-Saëns. O concerto será realizado no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, às 21hs, com participação especial do violinista Pedro Miszewski da Rosa, do fagotista Jamil Bark e do clarinetista André Ehrlich. O Concerto foi viabilizado com o patrocínio da WOA Empreendimentos Imobiliários, da hidrelétrica Enercan e Tractebel Energia.

Neste concerto a orquestra se apresenta como em sua origem quando foi criada, apenas com seus naipes de cordas, sendo a única apresentação no Teatro Pedro Ivo neste ano com esta formação – todos os demais concertos eruditos da Camerata em 2011 terão formação sinfônica.

Este concerto apresenta a diversidade musical do Romantismo, mediante compositores de três países diferentes: França, Alemanha e Rússia. Representando a França, o programa inicia-se com Havanaise em mi maior op. 83, para violino solo e orquestra, de Camille Saint-Saëns. Essa peça foi finalizada no ano de 1887, embora seus esboços se dessem alguns anos antes. A havanaise (em português habaneira) designa uma dança em compasso binário, que desenvolveu-se em Cuba sob influências ritmicas advindas da África. O Op. 83, dedicado a Albertini (que tinha ascendência cubana), explora o virtuosismo do violinista. Cabe dizer ainda que no Romantismo tinha-se essa curiosidade do exótico, da música de outras terras, e esse sotaque diferente foi certamente responsável pelo sucesso da Havanaise de Saint-Saëns.

O alemão Richard Strauss (1864-1949) é considerado por muitos musicólogos como a última expressão do Romantismo em música. Alguns denominam sua música como pós-romântica, ao qual se agrupam Gustav Mahler e Hugo Wolf; outros o enquadram num Romantismo tardio. O fato é que Strauss esteve a um passo de romper de vez com o sistema tonal quando compôs a ópera Elektra (1909), ao incluir dentre suas técnicas composicionais a modulação não preparada (a troca súbita de tonalidade), a ambiguidade tonal, os clusters (agrupamento dissonante de notas aleatórias) e o excesso de cromatismos, compondo a música mais moderna de sua época. Uma revolução musical mais radical seria realizada por Schoenberg quase duas décadas mais tarde, com o dodecafonismo. Nos anos seguintes à composição de Elektra, Strauss conteria seus avanços no estilo harmônico.

O Concertino para Clarineta, Fagote e Cordas, em Fá maior (1947), é dividido em três movimentos e figura entre as últimas partituras do compositor. O diálogo entre os instrumentos solistas sobre o acompanhamento de um quinteto solo de cordas remete à textura das sinfonias concertantes do século XVIII, o que caracteriza uma influência neoclássica. Segundo o amigo de Strauss Hugo Burghauser (fagotista da Orquestra Filarmônica de Viena, a quem Strauss dedicou esta peça), o compositor tenta retratar através da obra uma cena, na qual clarineta e fagote representam uma princesa e um urso. Quando as personagens dançam juntas, o urso transforma em príncipe.

No período do Romantismo viveu Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893). Nascido na Rússia, transitou entre os mais diversos gêneros musicais, escrevendo concertos, sinfonias, óperas, balés e música de câmara em variadas formações. Embora não constasse no Grupo dos Cinco, Tchaikovsky representa o âmago da música russa, nomeando o importante Conservatório de Moscou, segunda instituição de formação musical mais antiga no país, onde o próprio compositor ministrou teoria e harmonia.

O Souvenir de Florence, op. 70, em ré menor, foi composto em 1890, sendo revisado no penúltimo ano de vida do compositor. Trata-se de uma peça dedicada à “Sociedade de música de câmara de São Petersburgo”, e leva este nome pois o compositor iniciou a composição numa viagem que fez à Itália, enquanto trabalhava em sua ópera A dama de Espadas. Originalmente composto como um sexteto de cordas (para dois violinos, duas violas e dois violoncelos), é freqüentemente executado nesta adaptação para orquestra de câmara. Souvenir de Florence talvez não esteja entre as mais conhecidas obras de Tchaikovsky mas, sem dúvida, além de ser carregada por uma extrema dificuldade técnica para os músicos executantes, trata-se de um brilhante exemplo da música de câmara para cordas, escrito em sua maturidade artística.

Serviço
:
Apresentação da Camerata Florianópolis
Quando: 11 de maio
Onde: Teatro Pedro Ivo – SC 401
Duração: 1h20 programa dos períodos Romântico e Pós-Romântico composto para orquestra de cordas
Ingressos: R$ 30,00 e 15,00 (plateia), R$ 20,00 e 10,00 (mezanino e frisas), à venda na sede da Camerata Florianópolis (Joe Colaço, 708, bairro Santa Mônica), na bilheteria dos teatros Pedro Ivo e TAC, ou através do Blue Ticket via internet. (estudantes, idosos e professores pagam meia entrada, sem limitação de cota)

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