Bairro verde da Grande Florianópolis também é modelo para a Fundação Clinton

Como um projeto urbanístico pode contribuir para a sustentabilidade ambiental? É o que apresentou o diretor da Cidade Pedra Branca, engenheiro Dilnei Bittencourt, em palestra durante a 7ª Conferência Internacional do Lixo Zero, na Capital. O recado é que a sustentabilidade deve começar na concepção do empreendimento, como ocorre neste projeto em construção na Grande Florianópolis (SC), pioneiro na América Latina. “O custo do projeto é de 1% nas construções tradicionais. É neste momento que a preocupação com os aspectos ‘verdes’ deve ser prevista. Depois de ocupado, não há como tornar um edifício sustentável”, explica Bittencourt.

Para o engenheiro, “a sustentabilidade tem que se traduzir no bolso do cliente. Redução de custos do condomínio e facilidade na manutenção”.

A primeira quadra do projeto de urbanismo teve um resultado comercial impressionante. Em cerca de cinco meses, mais de 85% dos 217 apartamentos estavam vendidos. Ao total, serão 47 quadras – a segunda, que inclui empreendimentos comerciais, será lançada neste sábado (30/10). “Fizemos uma pesquisa com consumidores e eles querem prédios verdes. E isso se confirmou no resultado de vendas”, atesta Bittencourt.

Nove princípios norteiam o conceito da Pedra Branca: prioridade ao pedestre, uso misto, diversidade de moradores (mistura socioeconômica), senso de comunidade (valorização da vida social), densidade equilibrada, alta performance do espaço construído, espaços públicos atraentes e seguros, harmonia entre natureza e amenidades urbanas e conectividade (modais de transporte e infraestrutura básica). Com apoio de escritórios de renome internacional (DPZ Latin America e Jaime Lerner), a Pedra Branca foi selecionada pela Fundação Clinton para participar do Programa do Clima Positivo, junto com outros 17 projetos mundiais.