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Camerata Florianópolis apresenta Beethoven e TchaikovskyCamerata na sexta-feira

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Camerata Florianópolis apresenta Beethoven e TchaikovskyCamerata na sexta-feira

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Apresentação será no próximo dia 24 de junho no Teatro Pedro Ivo em Florianópolis. O Concerto conta com o patrocínio da WOA Empreendimentos Imobiliários, da hidrelétrica Enercan, BRDE e apoio da Cassol e Tractebel Energia

A Camerata Florianópolis, sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca e solos do violinista Oliver Yatsugafu, realizará no próximo dia 24 de junho mais um concerto de sua Temporada 2011, apresentando duas obras primas da música erudita: A Sinfonia No 7 de Beethoven e o Concerto para Violino e Orquestra de Tchaikovsky. O Concerto foi viabilizado com o patrocínio da WOA Empreendimentos Imobiliários, da hidrelétrica Enercan, BRDE e apoio da Cassol e Tractebel Energia.

Este será o décimo concerto da Camerata neste ano, de um total de 13 previstos para o primeiro semestre de 2011. A orquestra já comemora a boa receptividade do público aos eventos promovidos até agora, obtendo lotação máxima em 90% dos concertos que realizou na presente temporada.

O destaque para este próximo concerto será a participação do violinista Oliver Yatsugafu, doutor em performance violinistica pela Universidade da Gerorgia (EUA), conhecido por suas primorosas e apaixonadas interpretações, executando o virtuosístico e especialmente belo Concerto para Violino de Tchaikovsky.

As Obras

No ano de 1811, Ludwig van Beethoven (1770-1827) começou a elaborar a partitura de sua Sétima Sinfonia, em Lá Maior, op.92. O compositor encontrava-se na Bohêmia, na cidade de Teplitz (hoje em dia pertencente à República Tcheca), para repousar e convalescer, pois sentia a condição de sua surdez piorar. E foi justamente nessa cidade que encontrou motivação artística. Nesse local, Beethoven encontrou pela primeira vez Johann Wolfgang von Goethe, que tanto admirava. Relatos indicam que a identificação foi recíproca, e Goethe chegou a afirmar que jamais encontrou-se com um artista de tamanha concentração e intensidade espiritual, de tal vitalidade e magnanimidade. A Sétima Sinfonia seria finalizada no ano seguinte, e apresentada somente em 1813, em Viena, sob a batuta do próprio compositor.

Nesta sinfonia, no primeiro movimento, Beethoven incluiu a maior introdução da história da música até então. Este movimento, Poco sostenuto – vivace, como herança da sistematização clássica do gênero sinfonia, encontra-se na forma sonata (organização temática e harmônica envolvendo exposição, desenvolvimento e recapitulação). O segundo movimento é um allegretto e constitui a seção mais lenta da sinfonia. Na premiére, foi o movimento que reprisou, e sua popularidade consta desde então. O scherzo (terceiro movimento das sinfonias na época) é um Presto seguido por um trio de andamento Assai meno presto (menos rápido em relação ao início do movimento). A sinfonia encerra com um Allegro con brio, de ritmo bem marcado, que modula pelas tonalidades de dó sustenido menor e fá sustenido menor, até retornar ao lá maior do primeiro movimento, que recapitula o tema inicial.

O Concerto para Violino em Ré Maior, Op. 35 de Piotr Tchaikovsky (1840-1893) foi escrito entre março e abril de 1878, às margens do Lago Lemano, em Clarens, Suiça, para onde o compositor foi após o desastroso casamento com Antonina Miliukova. Lá, Tchaikovsky teve como companhia o violinista Josif Kotek, que lhe deu conselhos na elaboração da parte do violino solista. O compositor ficou constrangido em dedicar a obra a Kotek devido aos rumores da existência de um relacionamento entre ele e o jovem. A composição foi então dedicada ao violinista Leopold Auer, que se recusou a fazer sua estreia em 1879, alegando que a música era “intocável”.

A primeira performance do concerto aconteceu apenas em 4 de dezembro de 1881, em Viena, tendo como solista Adolph Brodsky, a quem a composição passou a ser dedicada. Nesta ocasião, Eduard Hanslick, um importante crítico da época, apontou o concerto como “longo e pretensioso” e disse que ele “nos põe de frente com o pensamento revoltante de que a música pode feder aos ouvidos”.

O concerto ganhou popularidade a partir de 1888, quando foi apresentado em Leipzig pelo violinista Karel Halíř. Provavelmente foi isso que levou Auer, anos mais tarde, a publicar a sua própria edição da parte do violino solista, modificando aquelas passagens que ele dizia serem “intocáveis” na versão de Tchaikosvky. Ironicamente, alguns dos trechos alterados apresentam, na versão do violinista, dificuldade maior que a original.

A obra conquistou inegavelmente um lugar especial no rol dos grandes concertos para violino, tanto pela beleza de suas melodias quanto pelo brilho de suas passagens virtuosísticas, que demandam do solista grandes aptidões técnicas e maturidade artística e musical. Esse concerto é, assim, considerado como um dos mais difíceis e densos do repertório violinístico. Executá-lo é, provavelmente, o sonho de qualquer violinista da atualidade, seja ele estudante ou profissional.

Serviço

Apresentação da Camerata Florianópolis
Quando: 24 de junho
Local: Teatro Pedro Ivo – SC 401 – Florianópolis
Duração: 1h20
Horário: 21hs
Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 (estudantes, idosos e professores), à venda na sede da Camerata Florianópolis (Joe Colaço, 708, Santa Mônica), na bilheteria dos teatros, ou na internet pelo site Blueticket.

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