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Conselho de Ética da Câmara e CPI dos Radares ouvem mais testemunhas nesta quinta-feira

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Conselho de Ética da Câmara e CPI dos Radares ouvem mais testemunhas nesta quinta-feira

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Nesta quinta-feira, 2, o Conselho de Ética e a CPI dos Radares, ambas no âmbito da Câmara de Vereadores de Florianópolis, ouvirão mais testemunhas e tomarão mais depoimentos de pessoas envolvidas na Operação Ave de Rapina, da Polícia Federal, que em 2014 desbaratou um suposto esquema de corrupção que envolveria membros do Legislativo e do Executivo municipais.

A partir das 10h, o Conselho de Ética ouve duas testemunhas de defesa arroladas pelo ex-presidente da Casa, apontado como mandante no esquema de fraudes em licitações, o vereador afastado César Faria. Prestarão esclarecimentos o também vereador Celso Sandrini e, na sequência, a psicóloga Márcia Alencar.

À tarde, a partir das 13h, será a vez da CPI dos Radares ouvir novos depoimentos. Estão intimados para esta quinta-feira um representante da empresa Engebrás; Fabiano Barreto, da Kopp (empresa responsável pela instalação de radares na cidade); e João Carlos Ghizzi, da empresa Santo Antônio.

Radares

Na terça-feira, 30 de junho, depuseram à CPI Walmor Nascimento e Davi Nascimento, pai e filho e proprietários da Artmil, empresa contratada pela Kopp para fazer a manutenção dos radares.

Na oitiva do dia 28 de maio, o ex-diretor de gestão de projetos e área comercial da Kopp, Décio Stangherlin, mais conhecido por Marinho, afirmou que os R$ 100 mil encontrados com os agentes públicos Júlio Pereira Machado, Jean Carlos Cardoso e o motorista Theo Matos durante abordagem realizada pela Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul, eram para a empresa Artmil que recebia da Kopp R$ 20 mil por mês para executar o serviço. Marinho garantiu que os R$ 100 mil eram um adiantamento pago a pedido do dono da terceirizada.

Walmor Nascimento admitiu que fez a solicitação para a Kopp adiantar cinco meses de pagamento devido à dificuldade financeira que a Artmil enfrentava. Mas, o depoente garantiu que não pediu a Júlio, o Caju, para buscar o valor. “O Júlio pegou o dinheiro sem minha autorização. Não recebi o dinheiro”, destacou o proprietário da Artmil.

Sobre a relação com o guarda municipal, Walmor afirmou que conhecia Júlio porque os dois moram no mesmo bairro e que profissionalmente o conhecia da guarda municipal. “Eu vendi alguns produtos para a Secretaria Municipal de Segurança, e quando ele se tornou secretário adjunto eu falava com ele”.

Cesar Faria

O Conselho de Ética ouviu Cesar Faria no dia 28 de junho. Entre 2011 e dezembro de 2014, a empresa Kopp era a responsável pelo sistema de fiscalização eletrônica. Cesar Faria afirmou que, na época do processo licitatório para a contratação da referida empresa, em 2011, ele era vereador de oposição e não tinha nenhuma influência na tomada de decisões do Executivo.

“Naquele ano votamos várias vezes contra o prefeito Dário Berger, inclusive a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, o que mostra que nós éramos de oposição e não tínhamos participação na Prefeitura. Além disso, a decisão final sobre a vencedora da licitação para operar o sistema de radares foi feita por meio da justiça. Que influência um vereador vai ter sobre o judiciário?”, destacou o depoente.

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