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terça-feira, abril 23, 2024
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Governador fala sobre fuga do Complexo Penitenciário de Florianópolis

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Governador fala sobre fuga do Complexo Penitenciário de Florianópolis

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O governador Raimundo Colombo concedeu entrevista, nesta segunda-feira
(27), para falar sobre a fuga de 78 detentos do Complexo Penitenciário da
Grande Florianópolis. A entrevista foi realizada pela equipe da Secretaria
de Comunicação do Estado.

<b>Secom –</b> Governador, essa é a segunda grande fuga que ocorre naquele
presídio desde o começo do ano. O que está sendo feito para impedir que
outro fato como esse volte a acontecer em um futuro próximo?

<b>Raimundo Colombo (RC) –</b> Primeiro, nós estamos fazendo todo um
inquérito administrativo para identificar as falhas, superar e resolver.
Segundo, vamos reforçar toda a segurança permanentemente na parte interna
e na parte externa. Agora, é um absurdo ter uma penitenciária destas, esse
centro de triagem, aqui no centro da cidade, e isso nós já tomamos
providências, vamos construir uma nova.

<b>Secom –</b> Como e onde será construída a nova penitenciária da região
da Grande Florianópolis? O Estado vai realizar alguma parceria para
viabilizar a construção?

<b>RC –</b> Já localizamos a área de terra em que vamos fazer a
desapropriação do terreno e no prazo de até 11 meses o novo centro
penitenciário estará construído. Ele será na divisa entre Paulo Lopes e
Palhoça, aí nós vamos resolver esse problema de vez, para que não ocorra
mais esse tipo de incidente, que é extremamente grave e preocupante e que
nós precisamos proteger e fazer a nova penitenciária. Em uma posição,
agora intermediaria, iremos reforçar toda a segurança e rever toda a parte
administrativa do local. Para ter a agilidade necessária, vamos fazer por
licença de licitação. Já temos o modelo e o projeto que veio do Ministério
de Justiça. Nós concordamos e aprovamos esse projeto e ele será executado.
É um projeto dentro de uma análise de recuperação do presidiário, de
reinserção dele na sociedade, de qualificação profissional, mas com toda a
segurança máxima, aliando todas as condições de recuperação e de
segurança.

<b>Secom –</b> O que será realizado no local da antiga penitenciária após
a sua desativação?

<b>RC –</b> Não vamos fazer especulação imobiliária. Não vamos vender
aquela área. Ela vai ficar para utilização pública, essa é a nossa grande
decisão. Tenho certeza de que isso é o que toda a cidade de Florianópolis
quer.

<b>Secom –</b> Enquanto a nova penitenciária não fica pronta, como atenuar
os problemas estruturais encontrados na penitenciária de Florianópolis?

<b>RC –</b> Estamos construindo novos presídios em Chapecó, em Lages e em
Tubarão. Já ativamos um em Itajaí, estamos ativando agora a penitenciária
do mesmo complexo. E vamos reforçar esse de Florianópolis de forma
provisória, porque a solução definitiva é a construção da novo. Esse
prédio é antigo, de quase 80 anos, já não tem mais as condições
necessárias de uso, e sua localização é inadequada.

<b>Secom –</b> Qual seria então o modelo adequado para lidar com a questão
prisional no Estado, em um cenário em que as cadeias estão superlotadas,
há milhares de mandados de prisão expedidos e uma tendência no aumento da
população carcerária?

<b>RC –</b> Prender é uma etapa importante, mas recolocar, reinserir na
sociedade o presidiário, é fundamental. Nós temos algumas experiências que
são positivas. Por exemplo, na Penitenciária de Joinville, de cada dez
presos, nove são reinseridos na sociedade. E como é feito isso? Há uma
associação entre empresa privada e a administração, de tal forma que, além
do presidiário trabalhar, ele tem salário e, a cada três dias trabalhados,
ele reduz um dia na pena, e também se forma profissionalmente. Quando ele
cumprir a pena, ele vai voltar para a sociedade e vai ter oportunidade de
trabalho na própria empresa na qual ele aprendeu a trabalhar ou, ao menos,
teve uma capacitação. Esse é o melhor modelo e o estamos ampliando nas
nossas unidades no Estado. O novo complexo penitenciário vai permitir que
os presos possam trabalhar e que, assim, tenham condições de se reinserir
na sociedade, que nós daremos oportunidade.

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