18.6 C
fpolis
sexta-feira, abril 26, 2024
Cinesystem

Poeta Cruz e Sousa é homenageado pelos 150 anos de nascimento

spot_img

Poeta Cruz e Sousa é homenageado pelos 150 anos de nascimento

spot_imgspot_img

Além de selo foi confeccionado um carimbo comemorativo.

Com o objetivo de prestar homenagem a Cruz e Sousa, a Prefeitura da Capital criou um selo e um carimbo para os 150 anos de nascimento do poeta simbolista. A solenidade de lançamento do material postal será realizada no próximo dia 24 de novembro, no Museu Cruz e Sousa, às 18h30. Neste dia, no ano de 1861, nascia na Antiga Desterro uma das maiores expressões literárias do país.

O selo foi produzido pela Empresa de Correios e Telégrafos e será utilizado nas correspondências da Secretaria de Educação, além de ser destinado para uso didático nas unidades de ensino da Capital.

O selo contém uma imagem de domínio público, que retrata a paisagem urbana de Florianópolis, então Desterro, em 1868. A autoria é de Joseph Bruggemann. Em sobreposto há a imagem da face de Cruz e Sousa. O projeto foi apresentando e apreciado na Associação Catarinense de Filatelia e na Diretoria dos Correios em Santa Catarina, e foi aprovado pelo Grupo Articulador – 150 Anos de Nascimento de Cruz e Sousa, composta por várias entidades.

Já o carimbo permanecerá 30 dias na agência dos Correios, localizada na Praça XV de novembro, conforme critérios do Conselho Nacional de Filatelia, e será utilizado em todas as correspondências desta agência de 24 de novembro a 24 de dezembro. Após este período, será remetido a Brasília para compor o acervo filatélico nacional. A SME realizou a aquisição de seis réplicas do carimbo, destinadas a autoridades e instituições.

Combate ao racismo

Cruz e Sousa nasceu João da Cruz. Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruz e Carolina Eva Conceição, desde pequeno a educação da criança ficou sob a responsabilidade do ex-senhor da família, Marechal Guilherme Xavier de Sousa, e da esposa Clarinda Fagundes Xavier de Sousa. O casal, que não tinha filhos, além de cuidar de João da Cruz, deu o sobrenome a ele.

Em 1881, Cruz e Sousa já comandava o Jornal Tribuna Popular, combatendo a escravidão e o preconceito racial. Dois anos depois, foi recusado como promotor da cidade de Laguna, justamente por ser negro.

Simbolismo

Cruz e Sousa aprendeu francês, latim e grego, bem como se dedicou à matemática e ciências naturais. O primeiro livro do poeta foi lançado em 1885, Tropos e Fantasias, em parceria com Virgílio Várzea. Em fevereiro de 1893 publica Missal e, no mesmo ano, em agosto, é a vez de Broqueis, que dá início ao Simbolismo no Brasil, movimento literário que se estende até 1922.

Tuberculose

Cruz e Sousa casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, mortos por tuberculose. O poeta faleceu em 19 de março de 1898 no município de Antônio Carlos, Minas Gerais, igualmente vítima da tuberculose. O corpo dele foi transportado para o Rio de Janeiro num vagão para cavalos. Lá, no Cemitério de São Francisco Xavier, foi sepultado por seus amigos, dentre os quais José do Patrocínio, um dos destaques dos movimentos abolicionista e republicano. No Rio de Janeiro ficou até 2007, quando teve seus restos mortais acolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina- Palácio Cruz e Sousa, no coração de Florianópolis.

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Leia mais

spot_img