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sexta-feira, abril 26, 2024
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Workshop em Florianópolis vai discutir novas demandas tecnológicas na cadeia de biodiesel

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Workshop em Florianópolis vai discutir novas demandas tecnológicas na cadeia de biodiesel

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A capital catarinense será a sede do 1º Workshop da RBiocomb, a rede de biocombustíveis do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), sobre a nova Lei do Biodiesel. O evento, que será realizado no Oceania Park Hotel, em Ingleses, de 11 a 13 de julho, vai tratar dos desafios, negócios e oportunidades de serviços laboratoriais, tecnológicos e de pesquisa para empresas, além de capacitar profissionais do setor. Inscrições para o evento podem ser feitas no site www.rbiocomb.com.br .

Participam da abertura do workshop o secretário em exercício de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e coordenador-geral de Serviços Tecnológicos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Jorge Campagnolo, e o coordenador da RBiocomb, Eduardo Cavalcanti. São esperados pesquisadores de todo o país, que participarão de um workshop preparado com três objetivos centrais.

O primeiro, de acordo com Cavalcanti, é estimular a cooperação entre profissionais e empresas da área de produção, controle da qualidade e de distribuição de biodiesel com os especialistas da entidade e seus laboratórios e competências associadas.

“A finalidade é identificar novas demandas laboratoriais, tecnológicas e de inovação para o setor de biodiesel e misturas Bx (mistura de diesel de petróleo com biodiesel), tanto para aplicações de uso compulsório quanto voluntário”, comenta o coordenador.

Outra meta é apoiar o desenvolvimento de melhorias para atender aos novos desafios de regulamentação, testes, normalização, metrologia e de avaliação da conformidade, bem como de exigências do mercado consumidor do produto e de usuários tanto do setor veicular como o de aplicações industriais e uso agrícola para garantir competitividade após a sanção da Lei 13.263 de março de 2016.

“No Brasil, com o biodiesel, a combinação entre um motor altamente eficiente e um combustível muito mais sustentável resulta numa mudança de paradigma no setor de transportes”, explica Donizete Tokarski, diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

Comparado ao diesel, o biodiesel emite 70% menos gases de efeito estufa, somente na fase de produção. “Durante o uso, a redução de emissões de CO2 é proporcional à porcentagem do combustível renovável adicionado ao fóssil. Quanto maior o teor de biodiesel, menor a emissão de CO2”, comenta Tokarski, que fará uma apresentação no painel do primeiro dia do evento.

O workshop vai reunir representantes do governo, indústria, empresas, fornecedores de equipamento, laboratório e de agências de regulamentação e de fomento para conversar com a RBiocomb.

“É preciso apoio para as novas demandas geradas pelo desenvolvimento tecnológico e inovação e de testes e ensaios para assegurar competitividade e abertura de novos mercados para o setor, além de atender aos desafios trazidos pela nova Lei”, explica Cavalcanti.

Programação

O workshop começa na segunda-feira, 11, às 8h, com as inscrições. A cerimônia de abertura será às 8h30, seguidas por cinco painéis até o fim da manhã no Salão Oceania do hotel que recebe o evento.

No período da tarde estão programadas sete rodadas temáticas de interesse do setor produtivo. Na terça-feira, dia 12 de julho, mais sete painéis acontecem pela manhã e quatro palestras estão agendadas para a tarde.

Paralelamente, no Lounge do Oceania Park Hotel, acontece o treinamento e capacitação de profissionais no Curso de Sustentabilidade Laboratorial. Esse treinamento continua na manhã de quarta-feira, dia 13 de julho. Nesses dois dias, as atividades serão finalizadas com uma reunião geral da rede RBiocomb e dos participantes do Projeto FINEP RSBiocomb. Na pauta, os subprojetos da rede, incluindo a apresentação e definição de lideranças de cada subprojeto.

Marco regulatório

A nova Lei do Biodiesel estabelece um aumento na porcentagem de adição desse combustível ao diesel fóssil usado em veículos motores. O atual índice de 7% na mistura será elevado para 8% até 2017, com previsão de chegar a 10% até 2019. A lei também prevê o aumento para 15% mediante a realização de testes.

Entre as vantagens do biodiesel estão a menor emissão de gases do efeito estufa, a produção inteiramente no Brasil e o aproveitamento de subprodutos da cultura da soja e da gordura animal.

O aumento da mistura abre novas oportunidades de negócio e incentiva investimentos em tecnologia e inovação, o que envolve também os laboratórios e distribuidoras.

RBiocomb: rede laboratórios acreditados e associados, integrante do Sistema Sibratec (Sistema Brasileiro de Tecnologia), que está no mercado com o objetivo de atender demandas por serviços técnicos, tecnológicos e de pesquisa identificados nas cadeias de produção, comercialização e uso de biocombustíveis para superar barreiras técnicas, aumentar a competitividade do setor e ampliar mercados.

Sibratec: O Sistema Brasileiro de Tecnologia é um programa destinado a apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento em consonância com as prioridades das políticas industrial, tecnológica e de comércio exterior. O objetivo é aumentar a inovação e a produtividade das empresas nacionais. Já a RBiocomb faz parte da rede de Serviços Tecnológicos do Sibratec e apoia o setor produtivo e usuário de biocombustíveis como o etanol e o biodiesel. A entidade promove mecanismos de garantia de qualidade e confiabilidade metrológica e de certificação dos produtos a fim de superar barreiras tecnológicas e aumentar a competitividade de fabricantes e consumidores desses combustíveis.

O 1º Workshop da RBiocomb sobre a nova Lei do Biodiesel tem apoio do Sibratec, Instituto Nacional de Tecnologia, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do Governo Federal, FINEP, Rede de Tecnologia e Inovação e apoio institucional da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Patrocinadores: Metrohm Pensalab, SINC do Brasil, União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO), Actioil, Láctea Científica e Ipiranga.

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