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sexta-feira, abril 26, 2024
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Encontro de Terno de Reis encerra ciclo de festejos natalinos em Florianópolis

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Encontro de Terno de Reis encerra ciclo de festejos natalinos em Florianópolis

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Chuva antecipou encerramento do evento, mas grupos continuaram confraternização na Fundação Franklin Cascaes

foto/divulgação:

Abertura contou com a presença do museólogo Gelci José Coelho, estudioso e incentivador das tradições populares

A chuva que caiu na noite de sexta-feira (6/01) encerrou mais cedo a programação no palco do 15º Encontro de Terno de Reis, mas não tirou o ânimo dos participantes. Assim que o mal tempo passou, os grupos seguiram para a sede da Fundação Franklin Cascaes, no Forte Santa Bárbara, onde a confraternização teve continuidade, encerrando os festejos natalinos em Florianópolis. O evento, que lotou as escadarias do Largo da Catedral, contou com a presença de vereadores, secretários municipais, pesquisadores e admiradores da tradição cultural e religiosa.

“A Fundação Franklin Cascaes tem a política de valorização da nossa cultura e o fortalecimento das manifestações populares locais, o que inclui o Terno de Reis”, destacou a superintendente em exercício, Roseli Pereira. Segundo Gelci José Coelho, o Peninha, foi o pesquisador e folclorista Franklin Cascaes quem fez um alerta sobre o risco de desaparecimento dos grupos de Ternos de Reis no município. “Aí nós começamos um movimento para trazer à tona essa tradição, e depois a Fundação Franklin Cascaes deu continuidade com este evento maravilhoso”, comentou Peninha.

Dona Isolina Oliveira, de 88 anos, que desde criança costumava fazer cantorias com familiares e amigos na Armação do Pântano do Sul, era uma das mais animadas com a apresentação de estreia do grupo Alegria de Viver. Há quase uma semana os integrantes estavam animando as madrugadas, cantando nas casas de moradores da região sul da Ilha. “Para mim é uma coisa linda cantar em Terno de Reis”, disse a idosa, que também é rendeira.

O 15º Encontro de Terno de Reis reuniu 11 grupos folclóricos catarinenses para celebrar o encerramento do ciclo natalino na cidade no Dia de Reis, data que também marca a chegada dos primeiros imigrantes açorianos na Ilha de Santa Catarina, em 1748. Foram eles que incorporaram à cultura popular o costume de fazer cantorias de porta em porta, dedicadas aos Santos Reis, celebrando a visita dos três Reis Magos ao presépio do Menino Jesus.

Folia de fé

Introduzido no Brasil pelos jesuítas e colonizadores portugueses, a Folia de Reis ou Terno de Reis é uma manifestação religiosa que se popularizou nos povoamentos do litoral em comemorações do ciclo natalino. De 23 de dezembro a 6 de janeiro, os grupos visitam as casas, fazem apresentações e recolhem donativos para novenas em homenagem ao Menino Jesus.

Segundo a crença cristã, no Dia de Reis (6 de janeiro), os três Reis Magos, guiados por uma estrela, percorreram um longo caminho em busca daquele que consideravam o Messias, a quem ofereceram presentes. Depois da revelação retornaram às tribos para anunciar a descoberta a todas as nações.

Tradicionalmente, a partir da data que é consagrada aos Reis Magos, as famílias começam a desmontar o presépio e retirar a decoração natalina das casas. A iluminação natalina da cidade começa a ser removida esta semana.

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