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sexta-feira, abril 19, 2024
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Fonoaudióloga do HU-UFSC explica cuidados com saúde auditiva

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Fonoaudióloga do HU-UFSC explica cuidados com saúde auditiva

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No mês da visibilidade da pessoa surda, especialista explica como os pais podem identificar possíveis problemas auditivos nas crianças

O dia 26 de setembro é o aniversário da criação da primeira escola de surdos do Brasil, atualmente conhecida como Instituto Nacional de Educação de Surdos e, por isso, desde 2008, esta data é oficialmente o Dia Nacional dos Surdos, criada por lei federal para promover a reflexão e o debate a respeito dos direitos e da luta pela inclusão de pessoas surdas na sociedade.

A fonoaudióloga do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), Francine Freiberger, explicou que no hospital, logo ao nascer, é feito o Teste da Orelhinha, ou triagem auditiva neonatal ou o teste das emissões otoacústicas transientes, que ajuda a identificar possíveis problemas auditivos.

“Fazemos o Teste da Orelhinha na maternidade e quando o bebê falha nessa triagem, no HU mesmo, no Ambulatório de Fonoaudiologia, se faz o reteste. Se houver uma nova falha, seguindo as Diretrizes de Triagem Auditiva Neonatal do Ministério da Saúde, fazemos outro teste, o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico para triagem e, ao falhar novamente, encaminha-se o bebê para um Serviço Ambulatorial de Saúde Auditiva para diagnóstico”, explicou.

Segundo ela, os bebês que têm indicadores de risco para deficiência auditiva e que estiveram internados na Unidade Neonatal realizam um monitoramento do seu desenvolvimento auditivo também no Ambulatório de Fonoaudiologia e são acompanhados até aproximadamente seus 2 anos de idade. “Além disso, temos uma agenda interna para a realização de avaliação auditiva em crianças de qualquer idade, desde que tenham prontuário no HU”, acrescentou.

Conforme Francine, além de todos estes cuidados oferecidos pelos profissionais da área de saúde, os pais também podem ajudar a identificar possíveis problemas observando alguns comportamentos típicos. “Bebês que param de balbuciar após os 6 meses de idade, que não acordam ou não se assustam com sons fortes ou falas de forte intensidade podem ter algum destes problemas”, disse.

Com relação a crianças um pouco maiores, são indicadores de possíveis problemas o fato de demorar para falar ou só apontar ou chorar quando querem algo. “Fala com muitos erros após os 4 anos também pode ser indicativo de problemas auditivos temporários ou permanentes”, alertou.

De acordo com a especialista, quando uma criança é identifica com problemas auditivos, o primeiro passo é procurar um médico pediatra ou de preferência um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo para fazer uma avaliação auditiva também. Francine acrescenta que adultos também podem desenvolver problemas auditivos, de forma súbita ou progressiva. “Nas súbitas, a meningite bacteriana é a causa mais comum. Nas progressivas, temos as perdas induzidas por ruído, doenças de ouvido como otites de repetição, otoesclerose, envelhecimento além do fator hereditário”, disse.

Ela explicou que, em crianças e até adultos, os profissionais de saúde têm reforçado as orientações quanto ao uso de fones de ouvido, pois há pesquisas apontando que há perdas auditivas devido ao mau uso desse dispositivo (volumes excessivos).

Saiba mais: A psicóloga de referência em saúde auditiva no HU-UFSC, Andrea Hurtado, diagnosticada com deficiência auditiva desde os cinco anos de idade, fala sobre o mês da visibilidade da pessoa surda, explicando, neste vídeo, sobre as melhores formas de conversar com uma pessoa com deficiência auditiva.

Link para o vídeo – https://youtu.be/jG64dG9hrEo

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