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quinta-feira, abril 25, 2024
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Guga Kuerten recebe a maior honra do tênis mundial em Paris

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Guga Kuerten recebe a maior honra do tênis mundial em Paris

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Prêmio Philippe Chatrier é o reconhecimento mundial ao maior tenista brasileiro

Quando for chamado ao palco do Pavillon d’Ármenoville, nesta terça, em Paris, Gustavo Kuerten vai se emocionar ao receber o prêmio Philippe Chatrier. Nas mãos do presidente Francesco Ricci, o reconhecimento que não é só da Federação Internacional de Tênis (ITF); é do mundo inteiro, em especial, de nós brasileiros, que aprendemos a reverenciar um dos maiores ídolos que nosso esporte já produziu.

É como receber o “Oscar” do tênis. Por isso a premiação é tão importante. O terno para o jantar de gala organizado pela ITF foi cuidadosamente escolhido, e o frio na barriga será o mesmo de todas as decisões da carreira. O próprio Guga comparou a honraria com a conquista de um Grand Slam.

Mas ela é muito mais do que isso. É fruto de uma análise que envolve, além dos louros colhidos em quadra, tudo o que o tenista ofereceu ao esporte.

A lista de “serviços prestados” é imensa. Os títulos com a raquete na mão, as 43 semanas em primeiro lugar do ranking, o trabalho filantrópico capitaneado pelo Instituto Guga Kuerten (que trabalha em prol de crianças e deficientes, utilizando o esporte como ferramenta para alcançar a inclusão social), o jeito natural e descontraído que desmistificou a imagem dos tenistas, antes vistos como super-heróis, distantes e inatingíveis.

O reconhecimento mundial ao talento de um tenista que influenciou toda uma era no tênis veio mais cedo do que ele mesmo esperava.

— Foi surpreendente para mim. Eu achava que era possível alcançar este prêmio, mas eu pensava mais a longo prazo, dentro de pelo menos uns dez anos. Me pegou um pouco de surpresa — confessou Guga.

— Para mim foi motivo de muita alegria, é uma outra carreira que já começou com um troféu — brincou, com o bom humor característico.

A “outra carreira” já vai de vento em popa. Guga faz a vida andar como um evento esportivo, competindo contra os obstáculos que emperram a proliferação de craques pelas periferias brasileiras. À sua volta, ex-boleiro vira instrutor, menino carente vira homem com auto-estima e competência, sonhos se aproximam da realidade.

O trabalho é tão intenso que mal sobra tempo para alguns projetos pessoais, como a faculdade de Artes Cênicas, que ficou para o futuro. Mas ele não reclama, nem perto disso. Tudo o que faz é com amor, com carinho, com responsabilidade. Ele é feliz fazendo o bem aos outros. E o Brasil agradece! Ou melhor: o mundo agradece!

Quem já foi premiado:

1996 – Stefen Edberg (Suécia)
1997 – Chris Evert (EUA)
1998 – Rod Laver (Austrália)
1999 – Nicola Pietrangeli (Itália)
2000 – Juan antônio Samaranch (Espanha)
2001 – NEC Corporation
2002 – Jack Kramer (EUA)
2003 – Billie Jean King (EUA)
2004 – Yannick Noah (França)
2005 – Tony Trabert (EUA)
2006 – Margaret Court (Austrália)
2007 – John McEnroe (EUA)
2008 – Neale Fraser (Austrália)
2009 – Martina Navratilova (EUA)

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