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terça-feira, maio 7, 2024
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Guns n’ Roses toca em Florianópolis e leva 10 mil fãs ao Devassa On Stage

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Guns n’ Roses toca em Florianópolis e leva 10 mil fãs ao Devassa On Stage

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Não teve Slash, OK, mas teve o habitual atraso, a projeção de vídeos com loiras altas, magras e vestidas de preto, as armas e as rosas estampando instrumentos, um inusitado pedido de casamento no palco, camisa da seleção brasileira e homenagem a Ayrton Senna, guitarrista empoleirado na estrutura do palco, músico em meio ao público na pista premium, o Devassa On Stage lotado e a atual formação do Guns n’ Roses – com apenas Dizzy Reed remanescente dos tempos de "User Your Illusion" – tocando as velhas e conhecidas canções que os fãs de Florianópolis ansiavam ouvir. Mas, principalmente, teve Axl Rose, fora de forma, balofão, com um chapéu enterrado na cabeça e o rosto quase escondido por óculos escuros, mas uma voz ainda potente.

A demora de Axl e trupe, claro, não incomodou os milhares de pessoas que se apertavam em todos os setores da casa. Marcado para as 21h, o show começou por volta das 22h15 e foi precedido de muitos coros de "Guns, and, roses, Guns, and, roses". Então, de repente, as luzes se apagaram, a banda se posicionou e uma confusão de luzes e gritos histéricos introduziu Axl e "Chinese democracy" – música do último disco, homônimo, já "livre" da participação de Slash.

Se a canção de abertura é "recente" demais para os saudosistas (Chinese democracy é de 2008), a seguinte é um clássico inquestionável e fez a plateia pular pela primeira de muitas vezes: "Welcome do the jungle", de Appetite for destrucion, o álbum que, em 1987, fez a banda de Los Angeles estourar e vendeu dezenas de milhões de cópias. Depois, para que o ritmo não se perdesse, mais duas certeiras: "It’s so easy" e "Mr. Brownstone", também do disco de estreia. Veja abaixo o setlist completo.

Axl passou a primeira metade do show saindo e voltando para o palco seguidamente, nos intervalos de sua participação como vocalista. Nesses momentos, o público ficava a sós com os excelentes músicos da formação atual do Guns: Tommy Stinson (baixo), Chris Pitman (1998), Richard Fortus (guitarra rítmica), Frank Ferrer (bateria), Ron "Bumblefoot" Thal (guitarra solo & rítmica) e DJ Ashba (guitarra solo).

Tão logo o líder voltava ao palco para cantar a estrofe seguinte, as luzes o acompanhavam. E, apesar de não exibir o rosto e só encarar o público por trás de lentes escuras, ele parece continuar muito à vontade sendo o centro das atenções. Não corre como antes, não dança de maneira serpenteante como antes, não se irrita – obrigado, Axl – como antes, mas ainda puxa de dentro de si os gritos e o seu "falsete" improvisado como antigamente. E era isso, no fim das contas, o que importava para a multidão.

Com cerca de 2h30 de duração, o show certamente ficará marcado na memória de quem foi, viu e cantou "Live and let die", "You could be mine", "November rain", "Don’t cry", " Knockin’ on Heaven’s Door ", "Patience" e "Paradise City" com o vocalista que marcou a juventude de milhares de fãs do rock n’ roll à moda do Guns ou descobriu recentemente o grupo e nem tem como considerar Slash uma perda irreparável para a banda – senão para a música, pelo menos para o carisma. Afinal, não foi o cabeludo desgrenhado de cartola e sem camisa que subiu em uma caixa de retorno ontem à noite para tocar a introdução da eterna "Sweet child o’ mine".

Setlist:

Chinese Democracy
Welcome to the Jungle
It’s So Easy
Mr. Brownstone
Estranged
Rocket Queen
Nice Boys
Better
Live and Let Die
This I Love
Holidays in the Sun
Catcher in the Rye
You Could Be Mine
Sweet Child O’ Mine
November Rain
Abnormal
Don’t Cry
Shackler’s Revenge
Civil War
Knockin’ on Heaven’s Door
Nightrain
Patience
The Seeker
Paradise City

Crédito: Adriel Douglas
Crédito: Adriel Douglas

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