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sexta-feira, abril 26, 2024
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MEC lança "Ano do ensino profissional da pesca no Brasil" em Florianópolis

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MEC lança "Ano do ensino profissional da pesca no Brasil" em Florianópolis

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Os ministérios da Educação (MEC) e da Pesca e Aquicultura (MPA) lançaram hoje o “Ano do ensino profissional da pesca no Brasil”, com a apresentação de várias ações para o desenvolvimento do setor. Dentre essas ações, destaca-se a liberação de R$ 9,5 milhões para os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia que atuam na área de pesca, para compra de equipamentos e mobiliário e incremento dos cursos técnicos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, em Florianópolis, no Campus Florianópolis-Continente do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC).

Outras ações anunciadas são a criação de dois centros de referência em navegação – um em Itajaí (SC) e outro em Cabedelo (PB) -, a certificação profissional de pescadores, a aquisição de novos barcos-escola, a oferta de mais cursos técnicos na área, a implantação de projeto piloto de alfabetização, o financiamento de 66 projetos de pesquisa aplicada à pesca e aquicultura a e a implantação de mais 14 núcleos de pesquisa aplicada à pesca e aquicultura.

Nos últimos anos, a promoção de pesquisas e oferta de cursos para pessoas que vivem da atividade pesqueira têm sido incentivadas por diversas ações voltadas para o setor. Pescadores e aquicultores foram beneficiados com políticas de inclusão ofertadas em núcleos de pesquisa aplicada à pesca e à aquicultura em todas as regiões do País. “Essa não é uma política de governo, mas uma política de Estado, sustentada por uma legislação consistente que garant a sua continuidade”, afirma o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin.

Esses núcleos, que são vinculados às instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica, estimulam a pesquisa, a produção e a difusão de conhecimento científico, focando no desenvolvimento regional e na melhoria da qualidade de vida das localidades envolvidas. Além disso, foram financiados 40 projetos de pesquisa nos núcleos, implantado o primeiro curso de pós-graduação em pesca e aquicultura do país e adquiridos seis barcos escola para as escolas da rede.

No IF-SC, um dos projetos de pesquisa relacionados à pesca que já está em andamento é o de Monitoramento do Meio Marinho. “Acompanhamos a ocorrência de ‘maré vermelha’ e de algas tóxicas no litoral brasileiro”, explica o diretor-geral do Campus Itajaí, Widomar Carpes. O campus vai receber um dos dois centros de referência em navegação anunciados no evento.

Para o ministro da Pesca e Aquicultura, as ações voltadas à área pesqueira ganham força por meio de uma parceria com o Ministério da Educação e, consequentemente, com a rede de educação profissional. “A política de formação profissional é estratégica para desenvolver o setor e vai ajudar a resolver o gargalo de mão-de-obra que existe na área”, diz Gregolin. Atualmente, frequentam cursos técnicos federais em pesca 2,2 mil alunos. E em cursos de aquicultura, 1,6 mil pessoas.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, lembra que vários cursos técnicos e núcleos de pesquisa na área de pesca e aquicultura foram criados nos últimos anos. “Há um grande crescimento no setor e iniciamos hoje uma nova etapa nesse processo de desenvolvimento”, destaca.

Segundo a presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Conif), Consuelo Sielski Santos, os investimentos em educação profissional na área de pesca e aquicultura vão ser importantes para o incremento dos cursos oferecidos pelos Institutos Federais nesses setores. “Esses cursos vão ser importantes para capacitar profissionais e incentivar o crescimento do setor”, afirma.

O secretário da Confederação Nacional dos Pescadores, Ivo da Silva, ressalta que a qualificação profissional vai ajudar o pescador a melhorar sua renda. “Ele vai agregar valor ao produto e ter mais oportunidades de emprego”, avalia.

Estudante do curso técnico em Aquicultura do Campus Araquari do Instituto Federal Catarinense, Vivaldo Bordin Júnior, de 53 anos, descobriu no setor uma nova oportunidade de emprego. “É uma área em que há muitas oportunidades, e a qualificação é importante para quem quer atuar no setor”, diz Bordin, que trabalha como consultor de empresas na área de telecomunicações em Joinville, cidade vizinha a Araquari.

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