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domingo, maio 5, 2024
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Movimento lojista discute em Florianópolis novas regras para o mercado de cartões

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Movimento lojista discute em Florianópolis novas regras para o mercado de cartões

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Representantes do comércio apresentaram nessa segunda propostas para aumentar concorrência entre as bandeiras

Com um faturamento médio de R$ 467 bilhões por ano, as administradoras de cartões de crédito estimam para 2010 um crescimento de até 22% nos lucros. Frear a ganância deste mercado controlado pelo duopólio Redecard e Visanet (atual Cielo) e aprovar uma nova regulamentação com taxas e juros menos abusivos foram as principais questões debatidas em audiência pública nesta segunda-feira (12/04), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis.

Formado majoritariamente por micro e pequenas empresas, o comércio catarinense esteve representado na audiência pela Federação das CDLs do estado (FCDL/SC). “Trata-se de um problema nacional que precisa ser resolvido com urgência. No caso de Santa Catarina, por termos principalmente o comércio familiar, o impacto das taxas nas transações e aluguel de máquinas é ainda maior. É necessária a regulamentação pelo Banco Central e não uma autoregulamentação como as empresas querem”, destaca Sergio Medeiros, presidente da entidade. Ele acrescenta que, só no aluguel de máquinas, as administradoras de cartões lucram em torno de R$ 1 bilhão por ano.

A redução do prazo de pagamento aos comerciantes nas transações no crédito foi outro pleito levantado pelo movimento lojista. Atualmente as operadoras de cartão demoram 31 dias para repassar os valores, enquanto nos países desenvolvidos o retorno aos comerciantes leva de dois a 15 dias, no máximo. A unificação das máquinas de cartão a partir de 1º de julho também esteve em debate e os lojistas foram alertados a não firmarem contratos de fidelização, a exemplo do que ocorreu com a telefonia celular. “É importante ter o direito de mudar de operadora, pois com uma máquina aceitando mais de uma bandeira a concorrência será maior e os custos aos comerciantes mais competitivos”, conclui Medeiros.

As federações do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), também estiveram presentes no debate, proposto pelo deputado Antonio Aguiar (PMDB), e que ainda contou com a participação da senadora Ideli Salvatti e representantes do Banco Central e Ministério Público.

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