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quinta-feira, abril 25, 2024
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Prefeitura vai usar DNA para fiscalizar pescado em Florianópolis

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Prefeitura vai usar DNA para fiscalizar pescado em Florianópolis

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A Secretaria da Pesca e Maricultura de Florianópolis vai realizar projeto-piloto inédito no Brasil de identificação de amostras de pescados por metodologia de Barcode de DNA. O trabalho, que contará com o apoio do Procon da Capital, tem por objetivo fiscalizar a ocorrência de fraudes e/ou substituições de pescados comercializados no município e tomar as providências cabíveis. As informações são da Secretaria da Comunicação de Prefeitura de Florianópolis.

O edital para contratação da empresa especializada que executará o serviço foi publicado no Diário Oficial do Município da última quinta-feira (28/11) e dá prazo até o dia 16 de dezembro para apresentação de propostas.

De acordo com o secretário adjunto da Pesca e Maricultura, Tiago Bolan Frigo, a expectativa é a de que o trabalho comece ainda na segunda quinzena deste mês e termine somente em fevereiro de 2014, de modo a beneficiar tanto a população local quanto os turistas de veraneio. Neste período, serão coletadas dez amostras por mês, na Ilha e no Continente.

Ainda segundo Frigo, na prática, a metodologia de Barcode de DNA faz um comparativo. Ela verifica se determinada amostra de espécie de pescado à venda in natura, porém já manipulado em filé, por exemplo, em um mercado, ou já processado por um restaurante é a mesma anunciada ao consumidor – levando em conta o banco de dados mundial genético das espécies de peixes.

Edital

De acordo com o edital publicado, a contratação da empresa especializada se dará por licitação na modalidade Tomada de Preços, tipo Menor Preço. E a data-limite para entrega dos envelopes com as propostas na Secretaria da Administração é às 11h do dia 16 de dezembro.

Pesquisa

A pesquisa de Danilo Alves Pimenta Neto e Denise Aparecida Andrade de Oliveira, do Laboratório de Genética da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, e de Daniel Cardoso de Carvalho, do Laboratório de Genética da Conservação, da PUC Minas, estimulou a administração pública de Florianópolis a desenvolver o projeto-piloto.

Afinal, a pesquisa “DNA Barcoding na identificação de espécies de peixes em produtos comercializados na Região Sudeste do Brasil” identificou que houve substituição em 25% das amostras analisadas, sobretudo de Merluza, Bacalhau, Panga e Salmão, nesta ordem.

Além disso, o trabalho científico demonstrou que “a técnica do Barcode genético é uma ferramenta com possibilidades reais de implementação para a detecção de subsituições em pescado in natura e processado por órgãos regulatórios no Brasil”.

 

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