A Educação e o Mosca Morta, realizado pela Contraponto, integra o projeto Somos 1 Só, série que estreia na TV Cultura e no SESCTV
A Contraponto participa da série audiovisual Somos 1 Só, que apresenta oito documentários sobre a relação do homem com o meio ambiente. A produtora de Florianópolis ficou responsável pelo episódio que aborda a educação crítica e a importância da ecoalfabetização, intitulado A Educação e o Mosca Morta, dirigido por Kátia Klock. As filmagens aconteceram em Florianópolis, Palhoça, Garopaba e em São Paulo no final de 2010. O lançamento da série acontece na próxima terça-feira, 5 de abril, no SESC Pompeia, na capital paulista e os documentários serão exibidos no SESCTV a partir de 15 de abril e na TV Cultura a partir da 10 de maio.
Vários projetos catarinenses ganham destaque em A Educação e o Mosca Morta. De Garopaba, são apresentados trabalhos coordenados pela Fundação Gaia, como o projeto Escola Amiga do Meio Ambiente e a Mostra Professor José Lutzenberger. A equipe da Contraponto acompanha atividades nas escolas, como o reaproveitamento de óleo de cozinha para fazer sabão, reciclagem e brinquedos pedagógicos com sucata, além de uma aula no mar com biólogos e estudantes para observação de baleias francas.
Na Comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, o documentário mostra o projeto Revolução dos Baldinhos, do Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo/UFSC) em conjunto com os moradores e as escolas, promovendo educação e cidadania através da coleta seletiva de lixo orgânico e compostagem. O surfe também entra em pauta como forma de educar, através do projeto Procurando Caminho, que leva jovens de comunidades em situação de risco para a prática do esporte. A partir da vivência e do contato direto com a natureza, os alunos aprendem noções de respeito com o próximo e de amizade. A Permacultura ganha espaço com a personagem Recicleide, criada pela atriz Karina Signori.
Outra passagem importante acontece no Parque Estadual Serra do Tabuleiro, na escola e na Casa de Reza da Reserva Indígena Mbya-Guarani, no Morro dos Cavalos, em Palhoça. Os indígenas trabalham com a vivência, a prática e a experimentação. A música, a interação com o meio ambiente, as histórias contadas pelos antigos e os desenhos são algumas das práticas frequentes.
Os oito documentários da série utilizam a ficção como uma das narrativas, com personagens que representam diversos conflitos. Os roteiros elaborados por José Roberto Torero, junto de Marcus Aurelius e Gabriella Mancini, trazem o humor com víeis crítico sobre a sociedade. Em A Educação e o Mosca Morta, o elenco é composto pelo ator e artista plástico japonês Ken Kaneko (Mestre Shei Xin), que vive em São Paulo, e Diogo Vaz Franco (Mosca Morta), Renato Turnes (Rousseau), Chico Caprario (Robinson Crusoé), Sandro Maquel (Sexta-feira) e Margarida Baird (Sábia), atores que moram em Santa Catarina. A dramatização é intercalada com informação e saber científico por meio de depoimentos de especialistas ou ativistas do socioambientalismo. Neste caso, a cargo da educadora Isis de Palma, consultora de A Educação e o Mosca Morta e da comunicóloga Rose Marie Inojosa, diretora da Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz.
Os demais documentários da série Somos 1 Só são dirigidos por cineastas de outros estados e abordam temas como a Cultura (direção de Toni Venturi), Consumismo (de Lina Chamie), Espiritualidade (de Lírio Ferreira), Cidade (de Kiko Mollica), Produção (de Dainara Toffoli), Poder (de Gilberto Scarpa) e Trabalho (de Evaldo Mocarzel).
O conjunto das esquetes de ficção dos oito documentários formam, a partir de uma nova montagem, uma nona obra que resume a visão deste trabalho sobre o futuro do planeta na perspectiva do sócio ambiente. Um filme de entretenimento que provoque reflexão e coloque o espectador diante de situações reveladoras. Outra série de pílulas irá traduzir o conceito de desenvolvimento sustentável, acordado por 179 países (governos e organizações da sociedade civil) com aprovação na Rio-92. O projeto trará os 40 itens que compõe a Agenda 21 em 20 peças de 60 segundos, que mostrem de maneira didática e lúdica as diretrizes apontadas na Rio-92 e referendadas nos relatórios e documentos posteriores.
Sobre o projeto: www.somos1so.com.br