Unidade seria implantada na Trindade
Florianópolis não precisa no momento que se invista na construção de um novo hospital público. A opinião é do atual secretário da Saúde da capital e ex-secretário de Estado da mesma pasta, João Candido da Silva. Ele participou nesta quinta-feira de uma audiência pública na Câmara Municipal de Vereadores para debater a implantação de uma unidade do gênero do terreno que hoje abriga a Penitenciária Estadual na Trindade.
Entre os argumentos apresentados está o dado de que o número de leitos disponíveis é maior que o indicado pelo Ministério da Saúde. Enquanto se estabelece de 2,5 a 3 unidades por mil habitantes, em Florianópolis esta proporção é de 3,85 por mil. “É preciso fazer alguns ajustes na estrutura já existente”, destaca o secretário.
Para ele, com a conclusão do Hospital Vilson Kleinubing os pacientes de oncologia poderiam ser transferidos do Hospital Celso Ramos para esta nova unidade abrindo vagas para outras especialidades. Além disso, o secretário defende que se invista através da parceria público privada tanto na reforma e ampliação do hospital de Santo Amaro da Imperatriz quanto no que está sendo construído em Biguaçu. “Eles poderiam ser voltados ao atendimento de traumatologia e ortopedia, recebendo todo o fluxo de pacientes vitimas de acidentes nas BRs de nossa região”, aponta Candido.
Outro argumento apresentado por ele na reunião foi o elevado custo tanto para a construção quanto para a manutenção de uma unidade hospitalar. Ele lembra que em uma única UPA 24 horas são gastos um milhão de reais por mês. Além disso, lembra, não se leva menos de oito anos para se construir um hospital. “ Além disso, instalar um hospital dentro de um bairro com o trânsito caótico como a Trindade é comprometer ainda mais a mobilidade urbana de nossa cidade”, concluí o secretário.
