As vendas reais da indústria de Santa Catarina fecharam o primeiro semestre do ano com alta de 10% em relação ao mesmo período em 2011. A informação conta da pesquisa de indicadores industriais realizada pela Federação das Indústrias (FIESC), com 200 empresas.
Apesar do resultado positivo, as horas trabalhadas na produção recuaram 1,7% e a capacidade produtiva das fábricas fechou com ocupação de 82,93%, desempenho inferior aos 85,78% registrados no mesmo período no ano passado.
De janeiro a junho em relação a igual intervalo em 2011, dos 16 setores pesquisados, três registraram queda no faturamento: produtos metálicos (-19,5%), veículos automotores, carrocerias e autopeças (-15,3%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (-2,9%).
Entre os setores que apresentaram desempenho positivo estão máquinas e equipamentos (30%), alimentos e bebidas (14,6%), artigos de plástico (11,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,2%).
O indicador de volume de produção ficou em 45,6 pontos. Isso significa fraca evolução da produção industrial de Santa Catarina. O indicador registrou queda para todos os portes de empresa pesquisada em relação ao mês anterior.
O levantamento revelou ainda que os empresários estão menos otimistas em relação à demanda, compras de matérias-primas, número de empregados e exportações para os próximos seis meses.
Os maiores entraves à competitividade continuam sendo a elevada carga tributária, indicada por 63,4% das empresas pesquisadas, a competição acirrada no mercado (48%), a falta de demanda (35,8%) e a falta de trabalhador qualificado (29,3%). O alto custo da matéria-prima também foi indicado por 24,4% das empresas pesquisadas.