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terça-feira, maio 7, 2024
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Comunidade debate em Florianópolis sobre projeto do estaleiro de Biguaçu

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Comunidade debate em Florianópolis sobre projeto do estaleiro de Biguaçu

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Debate promovido pela UDESC reuniu ambientalistas, universitários, professores, Poder Público e representantes da OSX, empresa que pretende construir um estaleiro em Biguaçu.

O Centro Acadêmico Livre de Geografia da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) promoveu um debate na universidade na noite desta quinta-feira, dia 06, sobre a instalação do estaleiro da OSX em Biguaçu. Participaram da mesa o diretor de sustentabilidade do Grupo EBX, Paulo Monteiro, o presidente da ONG Montanha Viva, Jorge Albuquerque, a advogada do Instituto Sea Shepherd Fernanda Medeiros e a mediadora, professora do centro Maria Paula Marimon. Murilo Flores, presidente da FATMA (Fundação do Meio Ambiente), abriu o encontro explicando quais as licenças necessárias para a instalação e operação do empreendimento.

Jorge Albuquerque iniciou o debate elogiando a transparência da OSX, que tornou público o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o Rima (Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente) do projeto, mas disse que algumas questões sobre o empreendimento não estão claras. Paulo Monteiro afirmou que o Grupo EBX, grupo ao qual pertence a OSX, trabalha com certezas, pareceres científicos, especialistas e modelos matemáticos. “As empresas do Grupo EBX nasceram no século XXI, a responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade não são obrigações, são nossa vocação”, afirmou. O diretor de sustentabilidade apresentou o empreendimento, as medidas mitigadoras aos impactos negativos e respondeu a todas as perguntas das pessoas presentes no debate.

João Teixeira, oceanógrafo e diretor técnico da Caruso Jr. Estudos Ambientais e Engenharia Ltda, responsável pelo EIA/Rima da OSX, explicou que todos os resíduos produzidos pelo estaleiro serão tratados e destinados corretamente e que a dragagem será realizada nos períodos em que os golfinhos não estão no local, como no inverno e outono. Além disso, sobre o receio do biólogo Paulo Flores, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), presente no debate, de que poderá haver problemas com cetáceos durante a dragagem, Teixeira respondeu que será usada draga de sucção e recalque e cortina de bolhas para diminuir o impacto.
O prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, também participou do evento e pediu aos ambientalistas que busquem alinhar a preservação ambiental ao desenvolvimento econômico e social. “As pessoas estão morrendo de fome, sem saúde, sem educação. Precisamos de empregos, renda, desenvolvimento econômico”, disse Deschamps.

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