Estudo sobre o projeto do Jardim Botânico de Florianópolis deve ser apresentado em até 45 dias, declarou Giovani Bonetti, técnico contratado pela empresa OSX, durante seminário realizado na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável ontem. O projeto vai ocupar cerca de 70 hectares, correspondente a 140 campos de futebol, divididos em três áreas.

Durante o seminário foram apresentadas sugestões de biólogos, arquitetos, botânicos e administradores de parque e jardins botânicos. O material será avaliado para definir quais aspectos serão incluídos na proposta. Giovani explicou que a intenção é evitar que cada área trabalhe numa direção. A elaboração do projeto será acompanhada pelo grupo gestor, órgão criado pelo governo para cuidar do assunto.

O objetivo é ter um jardim botânico que não esteja focado apenas em espécies vegetais. A proposta deve conter elementos tecnológicos, de energia e sustentabilidade.

Os locais escolhidos para abrigar o jardim botânico foram o mangue do Itacorubi (30 hectares), Rio Papaquara (20 hectares), junto ao Sapiens Parque, em Canasvieiras, e na Cidade das Abelhas (20 hectares), no Bairro Saco Grande. A liberação dos terrenos, que pertencem aos governos federal e estadual, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Comcap, é uma das principais preocupações do presidente da Fundação do Meio Ambiente, Murilo Flores.

Ele disse que a solução desse problema está na lista de obrigações a serem concluídas até o final do atual governo. Outro objetivo é definir o modelo de gestão, se parceria público-privada ou fundação pública, e a criação de um plano de comunicação para coordenar as audiências públicas e debates com organizações científicas, ambientais, lideranças comunitárias e os ministérios públicos.