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sexta-feira, abril 26, 2024
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Volume de vendas do comércio cai pelo sexto mês consecutivo em Santa Catarina

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Volume de vendas do comércio cai pelo sexto mês consecutivo em Santa Catarina

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Em Santa Catarina, houve variação de -2,7% no volume de vendas em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE. No acumulado de 12 meses, o volume de vendas reduziu-se de 0,8% em setembro para 0,2% em outubro, menor valor desde novembro de 2003 (na época o indicador chegou a -0,8%). Quanto à receita nominal, a variação acumulada em 12 meses é de 6%; é o resultado mais baixo de toda série histórica que se iniciou em novembro de 2001.

Segundo a Fecomércio SC, o comércio varejista catarinense vem apresentando os piores resultados da série histórica iniciada em 2001. Em outubro, se retraiu pelo sexto mês consecutivo o volume de vendas no acumulado de 12 meses. Passou de 3,7% em abril de 2014 para 0,2%. É o pior resultado entre todas as unidades da federação. Também chama atenção o resultado real negativo. A variação da receita nominal foi de 2,4% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado, o que dá um resultado real de -4,2% levando em consideração o IPCA daquele mês de 6,6%. Isso significa que a receita obtida não está sendo suficiente para repor o aumento dos custos.

Os resultados preocupam, visto que a desaceleração do setor está se prolongando por um longo período. Isso prejudica as decisões de investimento das empresas e aprofunda a estagnação econômica. A inflação persistente, juntamente com o crédito restrito, corroborada pelas elevadas taxas de juros, associada a uma perspectiva de deterioração da renda e do emprego por parte das famílias explicam este mau momento para o comércio.

Para 2015, a perspectiva é que a recuperação se dê de maneira lenta, pois as medidas de ajuste anunciadas pela presidente Dilma tem caráter recessivo no curto prazo, mas são necessárias e capazes de melhor a situação econômica e o ambiente de negócios a partir da segunda metade de 2015.

Varejo nacional

Em outubro, o comércio varejista do país registrou variação de 1% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, ambas as taxas em relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional apresentou, em termos de volume de vendas, taxas de 1,8% sobre outubro do ano anterior e de 2,5% e 3,1% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou variação de 7,9%, 8,9% e de 9,4%, respectivamente.

Na relação de outubro de 2014 contra outubro de 2013 (série sem ajuste), seis das oito atividades do varejo apresentaram resultados positivos, sendo, por ordem de contribuição no resultado global, as seguintes: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,1%); Combustíveis e lubrificantes (1,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%); Tecidos, vestuário e calçados (0,4%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 0,1%. As atividades cujas taxas exerceram impactos negativos na composição global foram Móveis e eletrodomésticos (-1,8%); e Livros, jornais, revistas e papelaria, com -13,5%.

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